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2012 - Livro Vermelho 2013

Begonia radicans Vell. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 27-08-2012

Criterio:

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída encontrada da Bahia a Santa Catarina, ainda que de forma descontínua. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, principalmente na Região Sul, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Begonia radicans Vell.;

Família: Begoniaceae

Sinônimos:

  • > Begonia fritz-muelleri ;
  • > Begonia glaucophylla ;
  • > Begonia limminghei ;
  • > Begonia limmingheiana ;
  • > Begonia procumbens ;
  • > Begonia dubia ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita originalmente em Fl. Flumin. 10: t. 39 1831.A espécie possui grande variação no tamanho, cor e textura das folhas (Silva; Mamede, 1992). Assemelha-se a Begonia integerrima spreng e B. solananthera A.DC. pelo hábito, placenta bipartida com lamelas adpressas e óvulos dispostos somente na face externa das lamelas e sementes fusiformes. Diferencia-se de B. integerrima na forma das folhas e de B. solananthera nas folhas completamente glabras (Jacques, 2002).

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados da Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Jacques, 2012).

Ecologia

Espécie trepadeira, monóicas, com registro de floração de agosto a fevereiro e frutificação nos meses de agosto a abril, polinização através de insetos e dispersão de semente pelo vento, ocorre em Floresta Ombrófila costeira, tanto em Floresta primária como em áreas alteradas e restingas arbóreas (Silva; Mamede, 1992; Breier, 2005; Mamede et al., 2012).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie apresenta registros de ocorrência no Parque Estadual Xixová-Japuí, SP (Moura et al., 2007), no Parque Estadual Pico do Morumbi, PR (Kozera et al., 2009), na Reserva Florestal dos Pilões, SC (Duarte, 3377 RB), na Reserva Ecológica da Juréia, SP (Figueiredo, 15577 RB), na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita, BA (Lopes, 603 HSJRP) e na Reserva Biológica Augusto-Ruschi, ES (Kollmann, 5185 HSJR; Vervloet, 870 HSJRP).

Referências

- SILVA, S.J.G.; MAMEDE, M.C.H.MELO, M.M.R.F.; BARROS, F.; CHIEA, S.A.C.; WANDERLEY, M.G.L.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; KIRIZAWA, M. (EDS). Begoniaceae. São Paulo, SP: Instituto de Botânica, 1992. 27-36 p.

- JACQUES, E.L. Begoniaceae in In Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <>. Acesso em: 31 Maio 2012.

- YOUNG, C.E.;GALINDO-LEAL, C.;CÂMARA, I.G. Causas socioeconômicas do desmatamento da Mata Atlântica brasileira. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 103-115 p.

- TIAGO BÖER BREIER. O epifitismo vascular em Florestas do Sudeste do Brasil. Tese de Doutorado. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 2005.

- KOZERA, C.; RODRIGUES, R.R.; DITTRICH, V.A.O. Composição florística do sub-bosque de uma Floresta Ombrófila Densa Montana, Morretes, PR, Brasil. Floresta, v. 39, n. 02, p. 323-334, 2009.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- MOURA, C.; PASTORE, J. A.; FRANCO, G.A.D.C. Flora vascular do Parque Estadual Xixová-Japuí setor Paranapuã, São Vicente, Baixada Santista, SP. Revista do Instituto Florestal, v. 19, n. 02, p. 149-172, 2007.

- MAMEDE, M.C.H.; SILVA, S.J.G.; JACQUES, E.L.; ARENQUE, B.C.WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; ROMANINI, R.P.; MELHEM, T.S.; SHEPHERD, G.J.; GIULIETTI, A.M.; PIRANI, J.R.; KIRIZAWA, M.; MELO, M.M.R.F.; CORDEIRO, I.; KINOSHITA, L.S. (EDS). Begoniaceae. São Paulo, SP: Instituto de Botânica, Fapesp, 2012. 73-115 p.

- ELIANE DE LIMA JACQUES. Estudos taxonômicos das espécies brasileiras do gênero Begonia L. (Begoniaceae) com placenta partida. Tese de Doutorado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2002.

Como citar

CNCFlora. Begonia radicans in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Begonia radicans>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 27/08/2012 - 14:24:38